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MADDALENA MORANO, FILHA DE MARIA AUXILIADORA, BEATA

A vida desta beata pode ser dividida em dois períodos de trinta anos: o primeiro vivido como secular, o segundo como religiosa. Nasceu em Chieri (Turim) a 15 de novembro de 1847, numa família pobre que, no entanto, poderia ter sido rica se o seu pai, de condições muito abastadas, não tivesse sido deserdado por ter casado com uma modesta dona de casa de Chieri, Caterina Pangella.


Dos oito filhos que tiveram, três dos quais morreram ao nascer, Maddalena é a sexta. Em 1855 seu pai morreu, desgastado pela vida militar. No mês seguinte, faleceu Francesca, a irmã mais velha. Depois de mais um ano é a vez de Giuseppe: em três anos, três caixões! É fácil imaginar a dor e a extrema pobreza da mãe deixada sozinha com três filhos. Maddalena é obrigada a interromper a escola para começar a trabalhar: um pequeno tear ao lado do da mãe para tecer fitas de manhã à noite. Foi um primo materno, Pe. Francesco Pangella, quem mandou Maddalena de volta à escola, assumindo as despesas e fazendo uma modesta contribuição à família.


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Bendita iniciativa! Foi como colocar a garota de volta no caminho mais adequado para ela. “Eu poderia me tornar professora!”. Ela tinha apenas 15 anos quando esse sonho se tornou realidade. O pároco de Buttigliera, tendo aberto uma creche, confiou a sua responsabilidade a esta adolescente capaz e inteligente. Conseguiu o seu diploma como professora em 1864, e logo assumiu como professora da escola elementar em Montaldo Turinense. Aqui soube conquistar de imediato o coração das meninas e o respeito de toda a vila, “mais do que o pároco e o próprio prefeito”. Ela revelou excepcionais dotes didáticos. Diz-se dela que era uma educadora nata: capaz de disciplina, clara e convincente na exposição, generosa na dedicação. Colocou imediatamente a própria arte pedagógica a serviço da catequese paroquial. O Catecismo! Será a “paixão dominante” de toda a sua vida, até poucos dias antes de falecer!


Um episódio particularmente significativo remonta ao período de Montaldo. Um pobre mendigo, todo sujo e maltrapilho, adoeceu. Ninguém teve coragem de entrar em seu casebre. Madallena, ao saber disso, não teve dúvidas. Apesar da repugnância e do risco de comentários maliciosos das pessoas, foi até lá, cuidou dele, preparou-o para uma boa morte. Este não é um gesto esporádico. Durante anos ela já cultivava o desejo de consagrar- se ao Senhor e ao próximo em tempo integral. O que a impedia até então era a situação econômica da família. Porém, agora que com o próprio salário mensal conseguiu dar à mãe uma casa e um pequeno terreno, revelou a sua vocação. A mãe, que começava a sonhar finalmente com um período um pouco mais tranquilo, recebeu a notícia com lágrimas. O pároco exclamou: “Oh, coitado de mim... Teria sido menos prejudicial para a paróquia e para a cidade se tivessem tirado o meu administrador!”.


Os primeiros trinta anos de vida estavam chegando ao fim e a idade já representava um problema para ingressar em uma Congregação. Para onde ir? Para clausura? Um dia, passando por Turim, quis falar sobre isso com Dom Bosco, que lhe pediu que fosse falar com Pe. Cagliero. E este disse: “Freira de clausura? Oh não! O livro do Ofício cairia das suas mãos, porque você não conseguiria ficar parada”. E tornou-se Filha de Maria Auxiliadora. Entrou em Mornese em agosto de 1878. Madre Mazzarello a recebeu. Ela foi imediatamente colocada para lecionar. Em 1880 consagrou-se a Deus com votos perpétuos e pediu ao Senhor a graça de “permanecer viva até completar a medida de santidade”. Foi precisamente no ano em que faleceu Santa Maria Domingas Mazzarello (1881) que recebeu a sua primeira obediência: diretora em Trecastagni (Catânia). Do Piemonte à Sicília! Ela tinha que fazer tudo: diretora, formadora, catequista, enfermeira, cozinheira...


Durante quatro anos dirige, ensina, lava, cozinha, é catequista, mas sobretudo testemunha, tanto que as meninas começam a dizer: “Queremos ser como ela!”. Depois de uma pausa de um ano em Turim, onde dirige a casa de Valdocco, é enviada de volta à Sicília como visitadora, diretora e mestra de noviças. A ela foi confiada a responsabilidade de toda a ilha. Choviam os pedidos dos bispos. Ela respondia com generosidade, sempre abrindo novas casas. O nascimento da casa em Alì Marina (Messina) remonta a 1890: um verdadeiro farol de projeção para toda a nascente inspetoria. Madre Morano era muito estimada pelo Servo de Deus Cardeal Guarino, pelo Beato Cardeal Dusmet e pelo seu sucessor, Cardeal Francica Nava, que confiou justamente a ela, a inteira “Obra dos Catecismos” na diocese de Catânia.


Devotíssima de São José e Maria Auxiliadora, que a guiaram nas novas fundações, conseguiu inculturar fielmente o carisma de Dom Bosco e o Sistema Preventivo. Foi uma mulher de ação, uma mulher de governo, maternal e firme ao mesmo tempo. O inspetor da época, padre Giuseppe Monateri, afirmou: “Tive a impressão de ver nela Santa Teresa de Ávila, sempre iluminada pelo amor de Deus, mas sempre em movimento”. Nas suas múltiplas atividades foi sustentada por uma profunda vida interior. Extremamente humilde: “Se o Senhor não quisesse que eu fosse religiosa, talvez, nesta hora eu já estivesse na prisão”.

Ela extraiu força e eficácia na oração e na constante união com Deus: “vamos dirigir um olhar para a terra e dez para o céu”. Sempre começava o seu dia com a Via Sacra. Teve o carisma de uma fundadora: abriu 19 casas, 12 oratórios, 6 escolas, 5 jardins de infância, 11 oficinas, 4 internatos, 3 escolas de religião, despertando a admiração de todos, autoridades civis e hierarquias eclesiásticas. Dela se dizia: “É uma grande mulher, é uma mulher extraordinária”. Foi uma excepcional formadora: quando morreu, as Irmãs eram 142, as noviças 20, as postulantes 9. Debilitada por um tumor, em 26 de março de 1908 Madre Morano faleceu em Catânia. Ao falecer, a Superiora Geral, Madre Caterina Daghero, exclamou: “Com a morte de Madre Morano, perdemos o molde”. Na mesma cidade onde faleceu, João Paulo II a proclamou beata no dia 5 de novembro de 1994. O seu corpo é venerado em Alì Terme (Messina).


Oração

Pai, que enriquecera a Beata Maddalena Morano

de uma característica sabedoria educativa,

concedei-nos, por sua intercessão, as graças que Vos pedimos.

Fazei que, também nós, com alegria e incansável amor

saibamos nos doar no anúncio do Evangelho com as palavras e com a vida.

Tornai-nos fortes na esperança

Para que possamos glorificar-Vos

e ser frente aos irmãos, profetas credíveis de Cristo Jesus.

Ele vive e reina nos séculos dos séculos.

Amém

Pierluigi Cameroni, SDB

(Fonte: Pierluigi Cameroni - Come stelle nel cielo)

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